Química Explosiva - Fogo de Artifício






         Existe alguém que não fique fascinado com a explosão de cores e formas que iluminam o céu durante um espetáculo de Fogo de Artifício? Pois, o fogo de artifício é algo que os nossos olhos consideram incrível, mas os nossos ouvidos apenas dizem: “Para com o barulho”! Por trás deste espetáculo visual e auditivo, existe uma explicação química fascinante. 
O fogo de artifício é constituído essencialmente por um componente denominado “concha”, caracterizado como um tubo de papel cheio com pólvora negra e pequenos globos de material explosivo chamados “estrelas”.
Cada estrela contém 4 ingredientes químicos: um material combustível, um agente oxidante, um composto metálico responsável pela cor e um aglutinante para manter estes compostos unidos. Todos os fenómenos visuais e sonoros com que somos confrontados estão associados a esses compostos químicos.
       No decorrer da explosão, o agente oxidante e o combustível reagem de forma violenta, libertando calor intenso e materiais gasosos. O som da explosão que nos chega aos ouvidos é devido à expansão brusca desses materiais gasosos. Por outro lado, o calor libertado nessa reação, é responsável pelo brilho e pela cor do fogo de artifício.
As cores do fogo de artifício são obtidas essencialmente por um processo chamado “luminescência”. E o que se sucede? 
1 - O calor libertado na explosão é absorvido pelos átomos dos metais presentes na composição da “estrela”. 
2 - Ao absorverem essa energia, os átomos dos metais ficam com os seus eletrões fora das suas devidas posições.
3 - Quando os eletrões voltam para posições mais estáveis, os átomos libertam a energia em excesso, mas agora sob a forma de radiação visível, ou seja, luz colorida.
A cor da luz emitida varia consoante o metal utilizado: 
- O vermelho é normalmente obtido a partir de sais de estrôncio ou de lítio; 
- O laranja é característico de sais de cálcio; 
- O amarelo resulta dos sais de sódio, sendo vulgarmente utilizado o cloreto de sódio (o sal das cozinhas); 
- O verde é obtido com cloreto de bário, enquanto o azul está associado ao cloreto de cobre.
As propriedades destes sais tornam a pirotecnia uma ciência química exigente. Deste modo, é necessário garantir a estabilidade de alguns destes compostos, controlar rigorosamente a temperatura da explosão e impedir a contaminação que mistura as cores. 
Apenas com todas estas “leis” aplicadas é que se consegue garantir a beleza da química na pirotecnia, iluminando assim o céu em noites de festa, proporcionando aos nossos olhos e aos nossos ouvidos, algo surpreendente e um pouco “barulhento”.




 
Explodam o vosso conhecimento com a feiticeira Carolina Teixeira!    


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